


Café, livros, alguns filmes, (mais livros do que filmes). Perguntas sem resposta, curiosidade e senso de humor.
Academicamente falando, graduada em Psicologia pela PUCPR (2013), pós-graduada em Gerontologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (2015) e pós-graduada em Atenção Hospitalar com Ênfase na Saúde do Idoso pela Faculdade Pequeno Príncipe (2018). No entanto, esses são alguns títulos apenas.
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Dediquei alguns anos do meu trabalho à área do envelhecimento humano e cuidados paliativos. Uma frase me marcou: "A morte não é o contrário da vida. A morte é o contrário do nascimento, porque a vida não tem contrários" (autor desconhecido).
Em 2016 conheci o No Regrets Project que defende a ideia uma vida sem arrependimentos. Algumas pessoas em leito de morte lamentam sobre a maneira como conduziram suas histórias,
Será mesmo? No contato com o processo de envelhecimento refleti sobre outras etapas da vida e como podemos ser menos contrários a nós mesmos. Como não atirar na própria trincheira, como dizemos popularmente.
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Considerando a quantidade maciça de opções que temos à nossa disposição, é desafiador pensar em uma vida sem arrependimentos.
Estamos cansados, estressados e ansiosos. Tudo isso aumenta as chances de erro. O que podemos fazer é desenvolver a observação de nós mesmos, da nossa ação no mundo com generosidade, paciência e, principalmente, responsabilidade.
Sem isso, acredito ser difícil entender nosso próprio funcionamento.
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Talvez pareça um incentivo ao egocentrismo, mas auto-observação não é auto obsessão. É o oposto disso.
É através desse conhecimento que criamos alguma possibilidade de ficarmos menos cegos e menos obcecados pelos nossos enganos, falhas e insuficiências. Você não precisa se amar, comece por não se odiar.
Ganhamos clareza ao explorar quem somos, o que fazemos, como estamos nos relacionando. Junto com o entendimento conquistamos também a liberdade de decidir o que faremos a partir de então.
Seria isso uma vida sem contrários?
Não sei. Podemos tentar descobrir.